segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fim da Licença Maternidade. E agora, o que fazer?


Acho que um dos maiores medos das mães, depois do nascimento do bebê é o final da licença maternidade. E agora o que fazer???? Voltar ao trabalho ou se dedicar integralmente ao novo integrante da casa????
Eu passei por esta situação e sofri muito.... o último mês foi de contagem regressiva, noites sem dormir, ansiedade e choro. Eu ainda moro longe da minha família e não tenho com quem contar. Minha mãe que é uma “super avó “e minha sogra que me deram um suporte no primeiro mês. Cheguei um dia a entrar em desespero e dizer que CHEGA, amanhã vou me demitir e cuidar do meu filho. Mas meu marido conversou comigo e nossas mães foram a nossa salvação para aquele momento. 
Porém, esta solução era temporária, já que minha mãe e minha sogra tinham seus compromissos e não podiam abrir mão de tudo para me ajudar e nem eu queria isso.  Acho que eu criei o problema e eu tinha que resolver. Não que o Lorenzo fosse um problema, JAMAIS, mas a situação de estar só e sem auxilio me deixava com dor de cabeça... e se tornou um problema pra mim.
No começo da licença o Lorenzo não incomodava em nada, mamava mamadeira e dormia o dia inteiro e a noite toda... Logo, passei quase 2 meses só me preocupando com as mamadas. Já no 3º mês, a coisa muda de figura. O bebê começa a interagir com a mãe, são novas descobertas e tudo começa a ter sentido. O 4º mês o bebê já da risada, e começa a se expressar de diversas formas, e é quando a mãe se prepara a volta ao trabalho. Posso dizer que é de cortar o coração. Eu chorei horrores, pensava as 8 horas que estava trabalhado no que meu filho estava fazendo, qual a nova gracinha e descoberta dele, e  que eu estava perdendo. Isso me deixava muito triste, pois estava perdendo o desenvolvimento do meu filho.
Mas infelizmente não podia ser de outra forma, eu precisava voltar ao trabalho e tinha que conciliar as duas funções, de mãe e de profissional.  Mas 4 meses é tão pouco para se ficar com o filho, principalmente pq é neste período, no final da licença que o bebê se torna um BEBEZÃO, que ele precisa da mãe e do pai ao lado, para aprimorar o desenvolvimento, para conhecimento, e formação do caráter.
Como trabalhava em empresa privada, não entrei na mudança da lei para 6 meses de licença. Mas acho que é muito importante e devia ser para todas as empresas esta regra. Em outros países, existe incentivo aos pais, para que permaneçam em casa e cuide de seus filhos até a idade escolar, pois eles acreditam que com os pais presentes, existe a probabilidade de seus filhos serem bem educados e não causarem futuros problemas ao país.  Ou seja, não se tornarem crianças e adolescentes problemáticas.
ACREDITO que este seja o caminho para um futuro melhor para nossos filhos. ACREDITO que as mães devam acompanhar o crescimento do filho até ele completar no mínimo 1 ano e depois disso, até os 5 anos, a mãe poder se desvencilhar do filho aos poucos, por horas, turnos até se chegar ao turno integral. ACREDITO SIM  que esse seja o caminho. Mães mais presentes na vida dos filhos.
Escolinha
Eu tive sorte que encontrei uma pessoa que me ajudou muito por 2 meses. Depois disso ela não pode mais  me auxiliar e coloquei o Lorenzo  numa escolinha. Sempre tive ótimas referências da escola e minha mãe, avó coruja foi especialmente visitar a escola para ver se o Lorenzo ia se adaptar a escolinha. Eu choravaaaaaa, só de pensar que meu filho estava deixando de ser bebê e se tornando um homenzinho..kkk . Mas acho que foi a melhor escolha a fazer. Posso dizer que ele deu um “pulo” no desenvolvimento. Em 1 semana já era possível notar a diferença .
Deixei o meu emprego, mas resolvi deixar o Lorenzo 4 horas por dia na escolinha. Acho importante ele não perder o vínculo com as professoras e colegas (já na primeira semana de "aula" ele teve uma festinha de aniversário de um coleguinha) e eu precisava de um tempo para resolver os problemas de casa. Foi ótimo, ele ficava do meio dia às 16:00 horas e voltava pra casa muito feliz.
Ele voltará a escola ano que vem, quando estiver com 1 anos e 3 meses, e tenho certeza que a adaptação será perfeita. Uma coisa que me chamou a atenção foi que a diretora da escola me parabenizou pelo desenvolvimento intelectual dele. Que ele é uma criança calma, que não demonstra medo, que não teve problema algum em ficar na escola, não teve crise de choro nada. Ela disse que ele é uma criança segura de si, que é muito difícil encontrar criança com a idade dele já assim, com estas características.
Fiquei muito feliz, pois estou cumprindo meu papel de mãe. Acho que temos que criar os filhos para a vida, pois está é a maior e melhor escola de todos os tempos.
Renata Pinho de Magalhães, mãe do Lorenzo, inspirador da marca LoLochic.


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